A produção de veículos no Brasil cresceu 6,7% em 2018 e somou 2,88 milhões de unidades, informou nesta terça-feira, 8/01, a Anfavea, associação que reúne as montadoras instaladas no País. Trata-se do segundo ano consecutivo de crescimento da produção.
Em comparação aos últimos anos, o volume de 2018 só não é maior que o de 2014, quando as unidades fabricadas somaram 3,15 milhões. Naquele ano, o Brasil iniciava o período de recessão da economia.
O aumento da produção em 2018 foi impulsionado principalmente pela maior demanda dos consumidores. No ano passado, as vendas de veículos cresceram 14,6%, para 2,56 milhões de unidades, também a segunda alta seguida.
O volume produzido só não foi maior no ano passado porque as exportações caíram, pressionadas pela crise da Argentina, principal destino dos veículos que o Brasil vende para o exterior.
Em 2018, as exportações, em unidades, caíram 17,9%, para 629 mil unidades, depois de atingir o recorde de 766 mil unidades exportadas em 2017.
DEZEMBRO
O último mês do ano, no entanto, teve resultados negativos na produção. O número de veículos montados caiu 16,8% em dezembro ante igual mês de 2017, no menor resultado para o período desde 2015. Em relação a novembro também houve queda, de 27,4%.
A exportação, em unidades, recuou 48,1% em dezembro ante igual mês do ano passado, para 31,7 mil. Na comparação com novembro, caiu 7,9%.
No mercado interno, as vendas, porém, subiram 10,3% em dezembro ante igual mês do ano passado e avançaram 1,6% em relação a novembro.
EMPREGO
Com o aumento da produção em 2018, as montadoras mais contrataram do que demitiram. Foram 2,176 mil vagas abertas no ano.
Em dezembro, no entanto, o saldo foi negativo, com o fechamento de 803 postos de trabalho. Hoje, o setor conta com 130,451 mil funcionários, número 1,7% maior que no fim de 2017.
2019
A Anfavea espera que as vendas de veículos novos em todo o país cresçam 11,4% em 2019, com o licenciamento de mais de 2,860 milhões de unidades.
A expectativa é de que a produção também cresça até o fim deste ano, com aumento de 9% em relação ao ano passado. Quanto às exportações, no entanto, a estimativa é de queda de 6,2% em comparação a 2018, disse Antonio Megale, presidente da entidade.
Por Estadão Conteúdo | Agência de notícias do Grupo Estado