Recentemente, as empresas no Brasil detectaram que funcionários com problemas financeiros comprometiam sua capacidade produtiva e desempenho profissional. Mas, como ajudá-los? No primeiro momento pareceu mais rápido e eficiente conceder empréstimos consignados (juros mais baixos) e abonos. Por um instante, especialmente naquele momento crucial, saldar dívidas e proporcionar um recomeço foi possível.
Se as intenções foram boas, o resultado na prática mostrou-se apenas um paliativo. Os colaboradores e suas famílias estão em um Brasil diferente, com acesso facilitado ao crédito e cheio de possibilidades de consumo. Acabou que uma das soluções se transformou em problema: o empréstimo consignado, uma linha de crédito com juros menores, foi utilizado amplamente para o consumo e elevou em muito o nível de endividamento das famílias.
Educação Financeira, uma cultura que veio para ficar
Após o susto, as empresas começam a buscar entender, de fato, o seu papel neste cenário. Assim, logo perceberam que o pior ainda pode estar por vir, pois a massa de endividados só aumenta. Cabe ressaltar que, ainda que os indicadores de inadimplência sejam relativamente baixos e estejam estáveis, a preocupação com o endividamento e a falta de planejamento por conta das dívidas contraídas transtorna muitas pessoas e prejudica o ambiente de trabalho.
Consumosem critério, um grande perigo!
Abordar as finanças da família é tão importante quando dar condições ideais de trabalho. Na prática, não é tão fácil. Ao incentivar o planejamento financeiro, as empresas estão colocando o dedo na ferida e cobrando uma postura diferente de todos. Aos poucos, os resultados começam a surgir. Maior produtividade e até mesmo relatos de agradecimento são alguns exemplos.
O papel das empresas
Aos poucos, os gestores começaram a perceber que as saídas para questões financeiras iam além dos valores: trata-se de uma questão cultural, ligada à falta de educação financeira. Para solucionar o problema, muitas empresas começaram a oferecer a seus colaboradores uma oportunidade transformadora: cursos, palestras e consultoria na área de finanças pessoais. Sem “dar o peixe”, as empresas começaram, pela primeira vez, a mostrar aos seus funcionários “como pescar”.
A SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) mostrou-se uma excelente oportunidade de incluir o tema finanças no dia-a-dia de todos os funcionários e colaboradores. Nesse período do ano, as empresas que ainda não possuem um programa voltado à educação financeira dos seus colaboradores têm na SIPAT uma excelente oportunidade. A pausa para instruções específicas sobre o tema tem trazido resultados e elogios aos empresários e gestores.
FONTE: Dinheirama