A confiança do consumidor da região Sudeste aumentou oito pontos na passagem de novembro para dezembro e chegou a 74 pontos. A informação é do Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No Brasil como um todo, o indicador ficou estável em 74 pontos em dezembro, contra 72 em novembro.
“Os indicadores econômicos que têm sido divulgados apontam para o início de uma recuperação concreta da indústria e do comércio, que são setores fortes no Sudeste. A região é a mais urbanizada e industrializada. A confiança do consumidor acompanha isso”, avalia Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele alerta que, apesar da melhora, o resultado está longe de entrar no campo otimista (a partir de 100 pontos).
O INC varia entre zero e 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e o de 100 a 200 o do otimismo. A margem de erro é de três pontos. O levantamento foi realizado pelo Instituto Ipsos de 1º a 12 de dezembro, em todas as regiões brasileiras.
Brasil
O INC de 74 pontos no território nacional em dezembro foi o segundo melhor resultado do ano ― o índice mais alto foi o de janeiro (77 pontos). Por outro lado, trata-se do valor mais baixo já anotado em um mês de dezembro desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2005.
No Nordeste, o INC marcou 67 pontos em dezembro, três a mais do que em novembro.
Após ter chegado aos 99 pontos em novembro, aproximando-se do campo otimista, a confiança no Sul caiu para 93 em dezembro. O cenário é parecido com o grupo de regiões Norte/Centro-Oeste, onde o indicador recuou de 77 para 65. “Tem chovido menos nos estados dessas áreas. E há uma expectativa de que a safra seja menor no ano que vem. Além disso, o preço em queda dos alimentos diminui a rentabilidade do campo e desestimula a plantação”, diz Burti.
Classes
Em dezembro, a confiança da classe C variou dentro da margem de erro e registrou 76 pontos, sobre 73 em novembro. Tanto na classe A/B quanto na D/E não houve alteração nos valores (67 e 71, respectivamente) entre um mês e outro.
Emprego, consumo e situação financeira
Segundo o INC de dezembro, 34% dos brasileiros acham que sua situação financeira irá melhorar nos próximos seis meses. Em novembro, eram 31%.
Ao mesmo tempo, 65% se sentem inseguros no emprego (62% no mês anterior).
Os entrevistados que não estão propensos a comprar eletrodoméstico somaram 67% (queda de três pontos percentuais sobre novembro).
O índice
Encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos desde 2005, o INC é elaborado a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares em 72 municípios de todas as regiões do País, com base em amostra probabilística e representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014). Trata-se de uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, o índice visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.
SÉRIE HISTÓRICA INC EM 2017
Jan: 77 | Fev: 74 | Mar: 71 | Abr: 66 | Mai: 68 | Jun: 68 | Jul: 63 | Ago: 64 | Set: 71 | Out: 73 | Nov: 72 | Dez: 74
SÉRIE HISTÓRICA INC EM DEZEMBRO
2005: 125 | 2006: 141 | 2007: 139 | 2008: 145 | 2009: 146 | 2010: 163 | 2011: 173 | 2012: 161 | 2013: 143 | 2014: 148 | 2015: 77 | 2016: 79 | 2017: 74
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FONTE: Pulso Brasil / ACSP