Em outubro, frente a igual mês de 2015, os volumes de vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) e ampliado (que inclui todos os setores) do Estado de São Paulo apresentaram retração mais intensa, em relação a setembro, na mesma base de comparação.
Esses resultados se explicam pelo maior desemprego, pela menor renda e pela contração e maior
custo do crédito, além do fato do mês ter tido um dia útil a menos em 2016.
Em relação a outubro do ano passado, novamente houve queda dos volumes de ambos tipos de varejo em todas as Regiões Administrativas (RAs) do Estado, com o pior resultado novamente
observado para a RA-04 – Metropolitana Oeste (-15,3% e -16,9%, respectivamente).
No mesmo período, mais uma vez houve redução no volume de vendas de todos os setores considerados, principalmente nos casos das concessionárias de veículos (-16,0%), outros tipos de comércio varejista (-16,8%) – com destaque para o setor de combustíveis e lubrificantes, e lojas de vestuários, tecidos e calçados (-15,2%).
Os resultados de outubro não permitem, ainda, concluir que a contração do varejo paulista estaria se acentuando, até mesmo porque períodos próximos a mudanças de tendência costumam apresentar resultados “mistos”. De qualquer forma, a recuperação efetiva do comércio dependerá da melhora da situação financeira das famílias, para o qual será imprescindível que as reduções futuras da taxa de juros básica (SELIC) por parte do Banco Central sejam menos “tímidas”.
FONTE: ACVAREJO – Elaboração IEGV/ACSP