O volume de serviços prestados teve alta de 1,0% em novembro ante outubro, após a queda de 0,8% registrada no mês anterior, na série com ajuste sazonal.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2016, o volume de serviços variou -0,7%. A taxa acumulada no ano ficou em -3,2% e, em 12 meses, -3,4%.
Cinco dos seis segmentos de serviços pesquisados pelo IBGE tiveram aumento de outubro para novembro. Três deles acusaram alta de 0,9%: serviços prestados às famílias, serviços de informação/comunicação e as atividades turísticas.
Os serviços de transportes e correios tiveram alta de 0,6% e os serviços profissionais, administrativos e complementares, de 0,2%. Já os outros serviços mantiveram, em novembro, o mesmo volume de outubro.
A receita nominal do setor de serviços teve alta nos quatro tipos de comparação temporal: 1,2% de outubro para novembro, 4,3% na comparação com novembro de 2016, 2,3% no acumulado do ano e 1,9% no acumulado de 12 meses.
Especialistas apontam que o crescimento apurado nas vendas do varejo ampliado (2,5%) e na produção industrial (0,2%) no penúltimo mês de 2017 na comparação com outubro é um dos motores do avanço do volume de serviços, já que o setor está altamente relacionamento ao andamento do restante da economia.
O economista Luiz Castelli, da GO Associados, lembra que o setor de serviços é o que tem apresentado maior dificuldade de recuperação.
Ele explica que essa dificuldade na retomada do setor está relacionada à noção de renda permanente das famílias.
“Os serviços estão relacionados ao padrão de vida das pessoas. Quando os consumidores percebem alguma melhora, pensam em comprar uma geladeira nova ou uma TV, mas para comprometerem seu fluxo de renda com um serviço fixo, como uma academia, têm maior reticência”, avalia.
FONTE: Diário do Comércio / Conteúdo Estadão