Segundo o IBGE, a atividade industrial mostrou, em novembro, queda de 0,9%, em relação ao mesmo mês de 2017, ficando abaixo das expectativas de mercado.
No acumulado em 12 meses a produção do setor continuou crescendo (1,8%), porém, desacelerando em relação à expansão observada em outubro.
Com base nesses dados, os economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam que a recuperação da indústria segue perdendo força após a greve dos caminhoneiros.
Para eles, a incerteza eleitoral e o orçamento mais apertado das famílias, num contexto de elevado desemprego, também contribuíram para a perda de fôlego do setor industrial.
Os economistas da ACSP dizem que o salto da confiança dos empresários, ocorrido a partir do fim das eleições, conjuntamente com a expansão do crédito e a maior geração de postos de trabalho, sugerem retomada do ritmo de recuperação do setor durante os próximos meses.
De acordo com os dados do IBGE, no contraste anual, somente a produção de bens de capital apresentou elevação, porém, impulsionada principalmente pela fabricação de máquinas e equipamentos para a agricultura.
Os bens duráveis sofreram a maior contração entre as categorias de uso, destacando-se negativamente a chamada “linha marrom” (TVs, som e vídeo), enquanto o segmento de veículos cresceu moderadamente, devido às menores exportações direcionadas para o mercado argentino.
FONTE: Diário do Comércio / Redação Facesp