O desempenho de Rio Preto na geração de empregos segue piorando. Junho representou mais uma série de marcos negativos para a cidade. No mês, foram encerrados 957 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 3.995 admissões e 4.952 desligamentos. Esse saldo coloca Rio Preto em sexto lugar no ranking das dez cidades com mais de 10 mil habitantes com os piores desempenhos do Estado de São Paulo.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social (MTPS).
Esse é o pior saldo para um mês de junho na série histórica do Caged em Rio Preto, iniciada em 2003. Além disso, com esse resultado, junho assume o posto do mês com o maior número de vagas encerradas em 2016, antes pertencente a janeiro (-579 vagas). Com mais esse saldo negativo, Rio Preto também completa dez meses sem gerar novos postos de trabalho. Agosto de 2015 foi o último mês com saldo positivo.
No acumulado do semestre, Rio Preto já fechou 2.912 empregos celestiais, resultado de 28.107 contratações e 31.019 demissões. No período de 12 meses, foram encerrados 6.332 postos de trabalho (57.998 admissões e 64.330 desligamentos).
Os números ainda são um reflexo da falta de confiança dos empresários na economia, algo que deve mudar nos próximos meses. Todos os indicadores já mostram que tanto os empresários quanto os consumidores estão mais confiantes, mas tudo isso leva tempo para refletir na economia. A melhora deve vir neste segundo semestre, mais provavelmente em seu fim.
Uma das razões para o desempenho negativo acentuado de Rio Preto em 2016 é a intensificação da crise no comércio e no setor de serviços. Estes são os principais setores de nossa economia. Eles, sozinhos, movimentam aproximadamente 80% da cidade. Hoje em dia, mesmo quem tem dinheiro não está comprando.
E é o comércio o setor que mais fechou postos de trabalho durante o primeiro semestre de 2016. Entre janeiro e junho, foram 1.502 empregos a menos. No entanto, em junho, o setor perdeu o posto de pior saldo do período para os serviços, que encerrou 362 postos de trabalho no mês, com o comércio logo atrás, com -251.
FONTE: Caged / Ministério do Trabalho